Como professor e especialista em ombro e cotovelo, apresento o artigo sobre a "Clinical Validation of the Glenoid Track Concept in Anterior Glenohumeral Instability". Este estudo foi projetado para investigar como o glenoid track e a perda óssea glenoidal influenciam a taxa de recorrências de luxações do ombro em pacientes submetidos à artroscopia do ombro para reparo do Bankart anterior.
A instabilidade do ombro é uma condição frequentemente debilitante que pode resultar em dor e limitações significativas na mobilidade, impactando a qualidade de vida do paciente. Realizamos um estudo retrospectivo com 102 pacientes, onde utilizamos ressonância magnética pré-operatória para avaliar a extensão da perda óssea e a configuração do glenoid track dos pacientes. Excluímos do nosso estudo aqueles que apresentavam perda óssea glenoidal acima de 21%, lesões do manguto rotador, fraturas da cintura escapular, bem como casos de instabilidade posterior ou multidirecional. O escore de Rowe foi usado como a medida primária de desfecho funcional, enquanto a taxa de recorrência de luxações foi analisada como um desfecho secundário.
Entre os 102 pacientes, observamos que 8 (7,8%) relataram instabilidade recorrente após a cirurgia. Notamos que 50% dos pacientes do grupo com recorrência apresentaram perda óssea glenoidal maior que 13,5%, em comparação com 25,5% do grupo sem recorrência, o que traz um valor preditivo negativo de 94,6%. Além disso, 37,5% dos pacientes com recidivas foram classificados como off-track, enquanto apenas 13,8% dos pacientes sem recidiva foram assim classificados, o que também indica a relevância da configuração do glenoid track. Um achado significativo foi que os pacientes com um valor absoluto do glenoid track inferior ou igual a 1,5 mm mostraram uma taxa de recorrência de 75% (p = 0,003), indicando que este fator deve ser considerado com atenção em avaliações cirúrgicas e diagnósticas.
As conclusões do nosso estudo foram de que, apesar da alta capacidade preditiva negativa, a presença de lesões off-track e perda óssea glenoidal acima do subcrítico não mostraram uma relação direta com a taxa de recorrência e o escore de Rowe. Para pacientes que enfrentam problemas de instabilidade no ombro ou outros sintomas relacionados ao manguito rotador, é essencial buscar uma avaliação de um ortopedista especialista em ombro e cotovelo. Além das consultas presenciais, também ofereço avaliações por telemedicina e segunda opinião cirúrgica, assegurando um cuidado adequado . Convido você a clicar no link do artigo para se aprofundar nos detalhes da pesquisa e entender melhor as implicações desses achados clínicos no tratamento da instabilidade do ombro.
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/35966420/
Prof. Dr. Eduardo Malavolta, Referência no ensino e pesquisa em Ombro e Cotovelo.
Médico ortopedista referência no ensino e pesquisa em Ombro e Cotovelo, com mais de 20 anos de experiência clínica e cirúrgica, atua como professor e pesquisador na FMUSP e realiza consultas particulares ou via reembolso.
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