Acurácia da Ressonância Magnética Pré-Operatória no Diagnóstico de Doenças do Tendão da Cabeça Longa do Bíceps
Como
ortopedista especializado em ombro e cotovelo, e com mais de 20 anos de experiência clínica e cirúrgica, tenho a missão de aprimorar o diagnóstico e tratamento de condições que afetam essas
articulações. Em nosso mais recente estudo, analisamos a precisão da ressonância magnética (RM) na detecção de distúrbios do
tendão
da cabeça longa do bíceps (CLB), um aspecto crucial para o manejo de lesões do ombro.
O objetivo principal foi avaliar a acurácia da RM na identificação de rupturas da CLB, enquanto o objetivo secundário foi investigar fatores preditivos para rupturas e instabilidades. Realizamos uma análise retrospectiva com 90 ombros de pacientes que se submeteram à artroscopia do
ombro devido a lesões do
manguito rotador. A RM foi realizada em um aparelho de 1.5T e os achados foram avaliados por um radiologista musculosquelético, sendo comparados com a inspeção artroscópica direta. Nossos resultados mostraram que, para a detecção de rupturas completas da CLB, a RM teve uma sensibilidade de 67% e uma especificidade de 98%. No caso de instabilidades, a sensibilidade foi de 53% e a especificidade de 72%. Além disso, identificamos que rupturas e degeneração gordurosa do infraespinhal são fatores preditivos para rupturas do LHBT. Para instabilidade, os fatores preditivos incluem rupturas do subescapular e infraespinhal, retração do supraespinhal e infraespinhal igual ou maior que 30 mm, além de degeneração gordurosa do infraespinhal e subescapular.
Estes dados indicam que, embora a RM seja altamente específica na detecção de rupturas completas do LHBT, a sensibilidade para instabilidades é relativamente baixa. Este estudo fornece uma visão importante sobre a eficácia da RM e os fatores preditivos associados a distúrbios da CLB. Se você está enfrentando sintomas relacionados a
lesões do tendão do bíceps ou outras condições do
ombro, é fundamental buscar a avaliação de um
ortopedista especialista em ombro e cotovelo
para um diagnóstico preciso e um plano de tratamento adequado. Ofereço consultas, avaliações e segunda opinião cirúrgica, inclusive por
telemedicina, para garantir que você receba o melhor cuidado possível. Clique no
link
para ler o estudo completo e obter uma compreensão detalhada sobre a eficácia da RM e os fatores preditivos associados às lesões do LHBT.
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/26256048/
Prof. Dr. Eduardo Malavolta, Referência no ensino e pesquisa em Ombro e Cotovelo.