Lesão SLAP

Tratamento para lesão SLAP em são paulo


O que é lesão SLAP?

O lábio glenoidal, ou labrum, é uma estrutura que fica situada na borda da glenoide, aumentando sua profundidade e melhorando a estabilidade da articulação. O lábio glenoidal é local de inserção dos ligamentos do ombro, nas porções anterior, inferior e posterior, e do bíceps, na porção superior. O termo lesão SLAP é originado de uma sigla em inglês, Superior Labrum Anterior to Posterior Lesion, ou seja, Lesão do Lábio Superior de Anterior para Posterior. A lesão SLAP representa um descolamento da porção superior do lábio, local onde se insere o tendão do bíceps.

Um diagrama de um ombro mostrando o tendão do bíceps e o local do tapa

Identificando os sintomas da lesão SLAP

O principal sintoma é a dor, e frequentemente está relacionado com atividades esportivas que sobrecarregam o membro superior, como musculação, vôlei, arremesso de peso.

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Tipos de lesão SLAP

A lesão SLAP é classificada em 4 tipos, dependendo do grau de destacamento e do acometimento do bíceps.

  • Tipo I:  o lábio glenoidal está degenerado, mas o bíceps continua inserido;
  • Tipo II: o lábio glenoidal, juntamente com o bíceps, está desinserido;
  • Tipo III: o lábio glenoidal está rompido, formando uma alça que invade a articulação, chamada de alça de balde;
  • Tipo IV: o lábio está desinserido e existe um rompimento do bíceps.
Um diagrama de um ombro mostrando a lesão SLAP.

Como é feito o diagnóstico da lesão SLAP?

O exame mais utilizado é a ressonância magnética. O uso de contraste intra-articular, ou artro-ressonância magnética, é utilizado nos casos em que persista a dúvida diagnóstica.

Como se trata a lesão SLAP?

O tratamento inicial é o não cirúrgico, com alongamento e fortalecimento. Quando a dor persiste após um período de 3 a 6 meses, indica-se o tratamento cirúrgico. Dois procedimentos podem ser realizados. A artroscopia para reinserção do lábio junto à glenoide é preferível nos pacientes jovens e com bíceps íntegro. Nos pacientes com lesão do bíceps ou com lábio muito lesado realiza-se a tenodese do bíceps, no qual corta-se o tendão do bíceps e realiza-se a fixação dele junto ao úmero. Após a cirurgia, normalmente é necessária a utilização de tipoia por 1 mês, seguido de fisioterapia para ganho de movimento. O retorno aos esportes costuma ocorrer apenas após os 4 meses da cirurgia.

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Uma imagem em preto e branco de um ombro com uma seta laranja apontando para ele.
Um desenho do ombro de uma pessoa e um desenho do joelho de uma pessoa.
Uma imagem em preto e branco do ombro de uma pessoa com uma seta apontando para ele.

A lesão SLAP pode levar a complicações?

Através do descolamento do lábio, pode se formar um caminho por onde vaza o líquido articular, ou líquido sinovial. Isso pode levar à formação de um cisto, chamado de cisto paralabral. Os cistos normalmente são assintomáticos, mas em algumas situações eles podem comprimir nervos e levar a dor e diminuição de força. Quando existe essa compressão, é necessário esvaziar o cisto e reparar a lesão SLAP.

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Médico ortopedista especialista em Ombro e Cotovelo


Dr. Eduardo Malavolta

CRM-SP: 104.081 | TEOT: 10.138

Sou o Dr. Eduardo Malavolta, especialista em Ombro e Cotovelo, e posso lhe ajudar no tratamento e prevenção de problemas nessas articulações. Como Chefe do Grupo de Ombro e Cotovelo do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (IOT-HCFMUSP) e Professor Livre-docente da FMUSP, atuo no ensino de alunos de Medicina, Fisioterapia e Terapia Ocupacional, de residentes de Ortopedia e estagiários de Ombro e Cotovelo. Na pesquisa, tenho mais de 80 artigos publicados em revistas nacionais e internacionais e sou orientador de teses de mestrado e doutorado. Na assistência médica, realizo consultas e cirurgias, com ampla experiência na área. Além disso, como membro da Diretoria da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Ombro e Cotovelo (SBCOC), atuo para melhorar a formação de estagiários de Ombro e Cotovelo por todo o Brasil, além de organizar cursos e congressos para a atualização científica dos membros associados. Bem-vindo ao meu site, onde você encontrará informações sobre meus serviços e meu compromisso com o bem-estar dos pacientes. Estou aqui para lhe ajudar no cuidado com o Ombro e Cotovelo.

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Por Eduardo Malavolta 1 de agosto de 2025
Como ortopedista de ombro e cotovelo e professor da FMUSP , tenho acompanhado de perto os avanços nas técnicas cirúrgicas para tratar a instabilidade anterior do ombro. O procedimento de Latarjet , em sua versão original descrita por Patte, é consagrado por sua eficácia. No entanto, com o objetivo de reduzir complicações e tornar a reabilitação mais tranquila, surgiram modificações técnicas importantes — como a abordagem artroscópica e o uso de botões corticais para fixação do enxerto coracoide. Neste artigo científico, publicado em colaboração com colegas de outros centros, comparamos diretamente duas variações da cirurgia de Latarjet: a técnica tradicional com parafusos por via aberta e a técnica mais moderna, artroscopias , com fixação por botões corticais. Avaliamos pacientes operados com ambas as técnicas e acompanhados por pelo menos dois anos, analisando resultados clínicos e radiológicos, como o escore de Rowe, a posição do enxerto e a ocorrência de complicações. Os resultados mostram que ambas as técnicas proporcionaram melhora clínica significativa e comparável, sem diferença relevante na taxa de recidiva ou no posicionamento do enxerto. No entanto, algumas complicações — como infecção, neuropraxia e migração do enxerto — ocorreram exclusivamente no grupo submetido à técnica artroscópica com botões. Esses dados são valiosos para o ortopedista de ombro e cotovelo na hora de indicar o procedimento mais adequado, considerando não apenas a eficácia, mas também o perfil de segurança e os recursos disponíveis. Se você sofre com episódios recorrentes de luxação do ombro, sensação de instabilidade ou prática esportiva de alto impacto. É fundamental procurar um especialista de ombro e cotovelo para diagnóstico detalhado e avaliação da melhor estratégia terapêutica. Ofereço consultas presenciais e também por telemedicina, inclusive como segunda opinião em casos com indicação cirúrgica. Clique no link abaixo para acessar o artigo completo e entender melhor os resultados deste estudo comparativo sobre a cirurgia de Latarjet. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/39510342/ Prof. Dr. Eduardo Malavolta, Referência no ensino e pesquisa em Ombro e Cotovelo.
Por Eduardo Malavolta 5 de janeiro de 2025
Como ortopedista especialista em ombro e cotovelo e Chefe do Grupo do IOT-HCFMUSP, minha missão é aprimorar os métodos de tratamento e reconstrução para condições complexas dessas articulações. Em nosso mais recente estudo, com foco na transferência do músculo trapézio para o tubérculo maior do úmero , investigamos três técnicas diferentes para avaliar a viabilidade das suturas e a integridade do nervo acessório. Utilizamos doze ombros de seis cadáveres para comparar a eficácia dessas técnicas de transferência. O objetivo principal foi avaliar a viabilidade das suturas do músculo trapézio transferido para a topografia de inserção do infraespinhal, com o braço aduzido e em rotação interna, e máxima retração escapular. Aplicamos três tipos de transferências em cada ombro: a inserção distal do trapézio inferior e transverso (Grupo 1), apenas o trapézio inferior (Grupo 2) e a inserção e origem do trapézio inferior (Grupo 3). A integridade do nervo acessório foi avaliada antes e após as transferências. Os resultados mostraram que a viabilidade das suturas foi de 42% (5/12) no Grupo 1 e 58% (7/12) no Grupo 3, sem diferença estatisticamente significativa (teste de Fisher, p=0,558). Contudo, o Grupo 3 apresentou uma alta frequência de lesões neurológicas (11/12). O Grupo 2 foi o menos bem-sucedido, pois o tendão não alcançou o tubérculo maior e nenhuma sutura foi viável. Concluímos que os Grupos 1 e 3 mostraram a melhor viabilidade das suturas não enxertadas para o tubérculo maior, porém, o Grupo 3 esteve associado a frequentes lesões do nervo acessório espinal. Esses achados fornecem informações valiosas sobre a eficácia e segurança das técnicas de transferência do trapézio para a reabilitação do ombro . Se você está considerando uma cirurgia de transferência muscular ou enfrenta desafios relacionados a lesões no ombro , é fundamental consultar um ortopedista especialista em ombro e cotovelo . Ofereço consultas, avaliações e segunda opinião cirúrgica, incluindo telemedicina , para garantir que você receba o melhor cuidado possível. Clique no link para ler o estudo completo e entender detalhadamente as implicações das técnicas de transferência do trapézio. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/25538475/ Prof. Dr. Eduardo Malavolta, Referência no ensino e pesquisa em Ombro e Cotovelo.