Avaliação Estrutural por Ressonância Magnética Serial da Reparação Artroscópica do Manguito Rotador: A Classificação de Sugaya Correlaciona-se com os Resultados Clínicos Pós-Operatórios?
Como
ortopedista especializado em ombro e cotovelo, e com mais de 20 anos de experiência, dedico-me não apenas ao tratamento clínico e cirúrgico das articulações, mas também à pesquisa e à publicação de artigos científicos que contribuem para o avanço da nossa área. Em um de nossos mais recentes estudos, examinamos a correlação entre a classificação de Sugaya para reparos do
manguito rotador
e os resultados clínicos observados após a cirurgia.
A classificação de Sugaya é amplamente utilizada para avaliar a qualidade do reparo do
manguito rotador
após a cirurgia, mas até o momento, não havia estudos que analisassem essa correlação utilizando exames de ressonância magnética (RM) realizados em intervalos padronizados de tempo. Nosso estudo prospectivo incluiu 54 pacientes submetidos à reparação do tendão do supraespinhal. Utilizamos a ressonância magnética (RM, 1.5 T) para determinar a classificação de Sugaya em 3, 6 e 12 meses, correlacionando esses dados com a escala visual analógica para dor (VAS), bem como as avaliações de Constant e da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA). Os resultados mostraram que os pacientes classificados com os tipos III, IV e V na classificação de Sugaya experimentaram níveis mais altos de dor, com uma média de dor de 3.43 ± 3.36 para o tipo III, em comparação com 1.00 ± 1.40 para o tipo II e 1.27 ± 1.95 para o tipo I (p = 0.010).
Embora a
dor tenha variado significativamente, as escalas de Constant e UCLA não mostraram diferenças significativas entre os grupos. Observamos que o tipo II predominou entre os pacientes, mas sua frequência diminuiu ao longo do tempo, enquanto o tipo I aumentou. Contudo, essas diferenças não foram estatisticamente significativas. Esses achados sugerem que, apesar das variações na dor associada aos tipos de classificação de Sugaya, o aspecto pós-operatório do tendão do supraespinhal não está correlacionado com as escalas de Constant e UCLA. Se você está interessado em entender mais sobre a relação entre a classificação de Sugaya e os resultados clínicos após a reparação do manguito rotador, recomendo fortemente a leitura do
artigo completo, que você pode acessar através do
link abaixo. Caso você ou alguém que você conheça esteja experienciando sintomas relacionados, como
dor persistente ou dificuldades funcionais no
ombro, é essencial buscar a avaliação de um
ortopedista especialista em ombro e cotovelo para um diagnóstico adequado e um tratamento eficaz . Ofereço consultas e avaliações, incluindo
telemedicina
e segunda opinião cirúrgica, para garantir o melhor cuidado possível. Clique no
link para ler o estudo completo e aprofundar seu conhecimento sobre este tema crucial na área da
ortopedia.
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/26920401/
Prof. Dr. Eduardo Malavolta, Referência no ensino e pesquisa em Ombro e Cotovelo.