Correlação entre os Escores UCLA e Constant-Murley em Reparações do Manguito Rotador e Osteossíntese de Fraturas Proximais do Úmero
Como
Professor e especialista em ombro e cotovelo, e apresento o artigo intitulado "Correlation between the UCLA and Constant-Murley scores in rotator cuff repairs and proximal humeral fractures osteosynthesis". Neste estudo, buscamos avaliar a relação entre dois instrumentos de avaliação funcional utilizados na reabilitação de pacientes que sofreram lesões do manguito rotador e fraturas proximais do
úmero (PHF). Ambos os tipos de lesão são comuns entre os pacientes que consultam um ortopedista especialista em ombro e cotovelo, e a compreensão de sua recuperação funcional é crucial para o planejamento de tratamentos eficazes. O estudo foi conduzido com uma amostra de 109 pacientes, onde 54 apresentavam rupturas do manguito rotador e 55 tinham fraturas proximais do
úmero.
Realizamos uma avaliação adiantada dos pacientes antes da cirurgia para as rupturas do
manguito rotador e, posteriormente, aos 3, 6, 12 e 24 meses após o tratamento cirúrgico para ambos os diagnósticos, utilizando as escalas UCLA e Constant-Murley. Nosso objetivo foi calcular o coeficiente de correlação de Pearson (r) para medir o grau de correlação entre as duas escalas clínicas. Os resultados mostraram uma melhora significativa nas pontuações funcionais ao longo do tempo, evidenciada pelos escores obtidos aos 24 meses: na escala UCLA, os pacientes com lesões do
manguito rotador apresentaram uma média de 32,6 ± 4,0 e, para os pacientes com fraturas do
úmero, a média foi de 30,3 ± 5,3. Da mesma forma, os escores na escala Constant-Murley foram, respectivamente, de 85,0 ± 12,0 e 73,8 ± 13,9, demonstrando melhorias significativas em comparação com a avaliação inicial (p < 0,001). É importante ressaltar que as escalas apresentaram uma alta correlação geral (r = 0,88, p < 0,001), indicando que ambas as ferramentas de avaliação são eficazes na captura da funcionalidade do
ombro após as intervenções cirúrgicas. A correlação se manteve alta em todas as avaliações pós-operatórias (r = 0,79-0,91, p < 0,001), assim como na avaliação pré-operatória (r = 0,73, p < 0,001).
Em conclusão, os escores UCLA e Constant-Murley mostraram alta ou muito alta correlação na avaliação dos resultados do tratamento cirúrgico de
lesões do manguito rotador e
fraturas proximais do úmero. Para pacientes que apresentam
dor no ombro, instabilidade ou outros sintomas relacionados, é essencial consultar um
ortopedista especialista em ombro e cotovelo para um diagnóstico preciso e opções de tratamento adequadas. Estou à disposição para consultas e avaliações, incluindo
telemedicina, e uma segunda opinião cirúrgica se necessário. Convido você a clicar no
link do
artigo para se aprofundar nos detalhes desta pesquisa e entender melhor as implicações dos nossos achados para o tratamento de
lesões no ombro.
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/30027076/
Prof. Dr. Eduardo Malavolta, Referência no ensino e pesquisa em Ombro e Cotovelo.