Polimorfismo das Metaloproteinases 1 e 13 e Rigidez Pós-Traumática do Cotovelo
Como especialista em ombro e cotovelo, apresento o artigo intitulado "Polimorfismo Genético de Metaloproteinases 1 e 13 e Rigidez Pós-Traumática do Cotovelo". Neste estudo, buscamos entender a relação entre polimorfismos genéticos das metaloproteinases MMP-1 e MMP-13 e a rigidez do cotovelo após traumas, além de avaliar outros fatores de risco relacionados a essa condição.
A rigidez do cotovelo pode resultar em dor crônica e limitações funcionais significativas, comprometendo a qualidade de vida do paciente. Realizamos uma avaliação com 20 pacientes que apresentavam rigidez pós-traumática do cotovelo e 12 controles com lesões traumáticas no cotovelo, mas sem contratura.
A coleta de
DNA foi feita a partir de células epiteliais da mucosa bucal dos voluntários, permitindo a análise dos genótipos de MMP-1 e MMP-13 por meio de ensaios de polimorfismo de comprimento de fragmento de restrição da PCR. Nossos resultados não mostraram diferenças significativas nas frequências de genótipos e alelos entre os grupos testados. Observamos que os genótipos 1G/2G e 2G/2G de MMP-1 estavam presentes em 65% dos pacientes com rigidez articular, em comparação a 50% dos controles, sem relevância estatística (p = 0,599). Para o MMP-13, os genótipos A/A e A/G foram encontrados em 95% dos pacientes com rigidez e em 91,6% dos controles, também sem diferença significativa (p = 0,491). Entre os fatores prognósticos para rigidez do cotovelo, apenas o tempo de imobilização apresentou correlação positiva, com uma média de 16 ± 10 dias para os casos e 7 ± 7 dias para os controles (p = 0,017).
A conclusão do estudo sugere que o polimorfismo genético de MMP-1 na posição -1607 e de MMP-13 na posição -77 não está associado à rigidez do cotovelo após trauma, indicando que outros fatores, em particular o tempo de imobilização, podem ter um papel mais significativo no desenvolvimento desta condição. Para pacientes que enfrentam sintomas relacionados a essa condição ou outras questões no cotovelo, é crucial procurar a avaliação de um ortopedista especialista em ombro e cotovelo que possa fornecer um diagnóstico adequado e opções de tratamento. Estou à disposição para oferecer consultas presenciais e avaliações por telemedicina, onde também disponibilizo uma segunda opinião cirúrgica para casos complexos. Convido você a clicar no
link do artigo para se aprofundar nos detalhes da
pesquisa
e entender melhor as implicações dos nossos achados no manejo da
rigidez do cotovelo.
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/35431624/
Prof. Dr. Eduardo Malavolta, Referência no ensino e pesquisa em Ombro e Cotovelo.