Luxação do Ombro

Tratamento para luxação do ombro em são paulo


Um diagrama de uma articulação do ombro normal e luxada

O que é luxação do ombro?

Luxação do ombro é a perda de contato entre a cabeça do úmero que perde o contato e a glenoide, a parte articular da escápula. O deslocamento causa geralmente as lesões de Bankart e Hill-Sachs. A lesão de Bankart é o destacamento dos do lábio, ou labrum, da glenoide. A função do lábio glenoidal é servir de ancoragem para os ligamentos e aumentar a estabilidade da articulação. A lesão de Hill-Sachs é uma fratura por esmagamento da cabeça do úmero. Ela ocorre porque a cabeça do úmero tem um osso mais frágil do que o osso da glenoide. O ombro é a articulação com maior amplitude de movimentos no corpo humano, e por isso a mais suscetível à instabilidade e luxações. Pessoas com ligamentos mais frouxos ou expostas a traumas no ombro, em especial os esportistas, têm maior risco de desenvolver esses problemas.

Identificando os sintomas da luxação do ombro

Os sintomas após uma luxação são dor e dificuldade de realizar os movimentos, além de deformidade local. Após uma luxação, é recomendado procurar atendimento médico para colocar o ombro no lugar e descartar a ocorrência de fraturas e outras lesões associadas.

Agende uma consulta

Quais os tipos de luxação do ombro?

As luxações são divididas conforme a causa em dois grupos: traumáticas e atraumáticas. As traumáticas ocorrem após acidentes, quedas ou lesões esportivas, enquanto nas traumáticas o ombro luxa sem motivo aparente. Podem ser classificadas também quanto à posição que a cabeça do úmero sofre o deslocamento, sendo a anterior a mais comum.

Qual o tratamento após a luxação do ombro?

Após o primeiro episódio de luxação, desde que a redução tenha sido feita de maneira adequada e não existam outras lesões associadas, recomenda-se a imobilização com tipoia por um período de 1 a 4 semanas, dependendo da idade do paciente. Quanto mais jovem o paciente, maior o tempo de imobilização. Depois de retirada a tipoia, fisioterapia para fortalecimento muscular é indicada. O tratamento cirúrgico após o primeiro episódio é uma exceção, indicado para pacientes jovens ou atletas de alto desempenho.

Quais os exames indicados para a luxação do ombro?

Na luxação aguda, a radiografia é importante para o diagnóstico e para excluir a possibilidade de fraturas associadas.


Nos casos de luxação recidivante, o exame mais detalhado é a ressonância magnética. Nesse exame é possível identificar as lesões de Bankart e de Hill-Sachs ou da borda da glenoide, além de outras alterações que podem estar presentes, como rompimento de tendões ou lesões da cartilagem.

Três tipos diferentes de radiografias do ombro são mostrados
Agende uma consulta

Quando é indicado o tratamento cirúrgico da luxação do ombro?

O tratamento cirúrgico está indicado nas luxações recidivantes de origem traumática. Nos casos de luxação recidivante atraumática, tenta-se tratamento com fortalecimento muscular por cerca de 6 meses. Caso falhe o tratamento, a cirurgia é então indicada.

Uma imagem em preto e branco de um ombro com lesão de bankart escrita nele

Como é a cirurgia para evitar que o ombro saia do lugar?

Quando indicado o tratamento cirúrgico, ele geralmente é realizado por artroscopia. É feito reparo dos ligamentos lesados, prendendo-os junto ao osso, através da utilização de âncoras. As âncoras se parecem com pequenos parafusos, mas tem fios saindo em uma de suas extremidades para permitir que se amarrem estruturas no osso.

Um desenho animado de uma pessoa sendo operada por um cirurgião

E quando existe lesão óssea importante?

Em algumas situações a artroscopia não é indicada por haver lesão óssea associada importante. Nesses casos, a superfície articular fica diminuída, e movimentos de levantar ou rodar o ombro podem levar à luxação com bastante facilidade. Quando existe lesão óssea importante, o reparo apenas das estruturas ligamentares não é suficiente para estabilizar o ombro.


Nesses casos, realiza-se uma cirurgia com o uso de enxerto, chamada de Cirurgia de Bristow ou Latarjet, onde o coracoide, um pedaço da escápula, é parafusado na parte anterior da articulação, aumentando a superfície óssea.


Após a cirurgia, seja ela por artroscopia ou não, o tempo de imobilização é de 4 semanas. Depois, fisioterapia é necessária para retorno dos movimentos e fortalecimento. Esportes de contato só podem voltar a ser praticados após 6 meses.

Agende uma consulta
Um desenho em preto e branco de um joelho e uma articulação do ombro.
Um diagrama de uma articulação do ombro mostrando diferentes tipos de cirurgia.

Médico ortopedista especialista em Ombro e Cotovelo


Dr. Eduardo Malavolta

CRM-SP: 104.081 | TEOT: 10.138

Sou o Dr. Eduardo Malavolta, especialista em Ombro e Cotovelo, e posso lhe ajudar no tratamento e prevenção de problemas nessas articulações. Como Chefe do Grupo de Ombro e Cotovelo do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (IOT-HCFMUSP) e Professor Livre-docente da FMUSP, atuo no ensino de alunos de Medicina, Fisioterapia e Terapia Ocupacional, de residentes de Ortopedia e estagiários de Ombro e Cotovelo. Na pesquisa, tenho mais de 80 artigos publicados em revistas nacionais e internacionais e sou orientador de teses de mestrado e doutorado. Na assistência médica, realizo consultas e cirurgias, com ampla experiência na área. Além disso, como membro da Diretoria da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Ombro e Cotovelo (SBCOC), atuo para melhorar a formação de estagiários de Ombro e Cotovelo por todo o Brasil, além de organizar cursos e congressos para a atualização científica dos membros associados. Bem-vindo ao meu site, onde você encontrará informações sobre meus serviços e meu compromisso com o bem-estar dos pacientes. Estou aqui para lhe ajudar no cuidado com o Ombro e Cotovelo.

Saiba mais

Conteúdo Relacionado

CONTINUE LENDO

Por Eduardo Malavolta 15 de agosto de 2025
Como ortopedista de ombro e cotovelo , professor livre-docente da FMUSP e pesquisador de ombro e cotovelo , tenho acompanhado de perto o aumento da prática da escalada indoor , especialmente na modalidade boulder . Essa atividade exige movimentos rápidos, explosivos e muitas vezes repetitivos acima da cabeça, o que naturalmente leva a uma sobrecarga das articulações do ombro , cotovelo e mão. No artigo que publicamos em colaboração com colegas e alunos de pós-graduação, buscamos entender melhor quais são as lesões mais comuns entre escaladores e quais fatores contribuem para seu aparecimento. Para isso, realizamos um estudo com 35 praticantes da modalidade, que responderam a um questionário detalhado e passaram por avaliações presenciais com ortopedistas certificados. Identificamos uma prevalência relevante de lesões no ombro (25,7%) e nas polias dos dedos (22,9%). Além disso, demonstramos uma associação estatisticamente significativa entre movimentos dinâmicos de escalada — como os saltos ou “dinâmicos” — e a presença de sinais de instabilidade anterior do ombro. Embora a escalada seja um esporte que envolve o uso dos membros superiores acima da cabeça, nossas observações sugerem que o tipo de sobrecarga imposta ao ombro é diferente daquela observada em esportes de arremesso, como o vôlei ou o beisebol, indicando uma fisiopatologia distinta que merece ser mais bem estudada. Esse trabalho reforça a importância de estratégias de prevenção, educação e treinamento específico para quem pratica o boulder indoor com frequência. Se você é praticante de escalada e tem sentido dor no ombro, sensação de instabilidade ou desconforto ao realizar movimentos rápidos e dinâmicos, pode ser o momento de procurar um ortopedista de ombro e cotovelo para uma avaliação adequada. Realizo consultas presenciais e também por telemedicina , inclusive oferecendo segunda opinião em casos de indicação cirúrgica. Para ler o artigo completo e entender os detalhes do estudo, clique no link abaixo. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/39429319/ Prof. Dr. Eduardo Malavolta, Referência no ensino e pesquisa em Ombro e Cotovelo.
Por Eduardo Malavolta 8 de agosto de 2025
Como ortopedista de ombro e cotovelo , com foco em artroscopia do ombro , ensino e pesquisa na FMUSP, participo de estudos que ajudam a entender e melhorar o tratamento de lesões do manguito rotador , uma das principais causas de dor no ombro . Neste artigo científico, publicado em parceria com colegas e alunos de pós-graduação, avaliamos fatores que podem prever a cicatrização (ou não) após a cirurgia de reparo do manguito rotador . A pesquisa analisou 176 pacientes operados por artroscopia do ombro entre 2013 e 2022. Utilizamos ressonância magnética no pós-operatório para verificar se o tendão cicatrizou, e correlacionamos com dados clínicos e características das lesões. Observamos que homens, fumantes, pacientes com lesão total do tendão infraespinal ou instabilidade da cabeça longa do bíceps têm maior risco de recidiva da lesão. Por outro lado, lesões traumáticas têm mais chance de cicatrização. Mesmo entre os que não tiveram cicatrização completa, a maioria apresentou melhora clínica significativa, mas quem teve boa cicatrização evoluiu melhor. Esses achados ajudam o especialista ombro e cotovelo a identificar riscos e orientar melhor os pacientes desde a primeira consulta, inclusive no planejamento da reabilitação e na decisão sobre o momento ideal da cirurgia. Se você sente dor crônica, fraqueza ou limitação para levantar o braço, pode estar com lesão do manguito rotador . Nesses casos, é importante procurar um ortopedista ombro e cotovelo para diagnóstico, exames e definição do melhor tratamento. Atendo em consultas presenciais e por telemedicina , inclusive oferecendo segunda opinião cirúrgica . Clique no link abaixo para ler o artigo completo e entender os detalhes da pesquisa. Convido você a clicar no link do artigo para uma análise mais detalhada dos resultados e suas implicações práticas. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/39310580/  Prof. Dr. Eduardo Malavolta, Referência no ensino e pesquisa em Ombro e Cotovelo.